



por
documentário cênico
autobiográfico
por Diocélio Barbosa
um
fio

A obra se apresenta como um convite para pisar na terra, colher memórias, cavar documentos, colher frutas e se pendurar em uma ação de trançar, tramar, costurar, alinhavar, tecer, coser, remendar, unir, juntar, ligar, fiar. A partir desses devaneios infinitivos de ações, Por um Fio emerge por meio da práxis do site-specific apoiado pelas memórias fragmentadas e por documentos (re)colhidos por Diocélio Barbosa ao longo do processo de artesania da obra autoral, desenvolvida no quintal onde o artista passou parte significativa de sua infância. O artista nos conduz para o universo da terra, aquela que carrega em suas asas mesmo quando alça voos longos, numa experiência cênica constituída por um entrecruzamento entre as linguagens artísticas do teatro, da dança, da performance e das artes visuais. São nesses lugares que Barbosa se sustenta para voar em/com uma corda lisa em diálogo com uma outra materialidade, uma antiga mangueira. As quase mortes, os destinos, os soterramentos de quintais, as idas e vindas são questões que interpenetram e retroalimentam o fio dramatúrgico da obra.



a obra
Com a crise pandêmica muitos artistas tiveram que ressignificar as suas formas de atuar e criar as suas obras e/ou experimentações cênicas. Deste modo, por meio de uma residência artística emergiu a proposta para a montagem e circulação de uma obra concebida e performada pelo artista Diocélio Barbosa em técnica aérea circense na corda lisa. A residência se desenvolveu por meio da prática de site-specific, em que é eleito um espaço específico não convencional para a criação de uma obra a partir da história desse próprio lugar. O espaço adotado foi o quintal da sua casa, que guarda o cheiro da sua infância. Desse modo, a obra circense teve como matéria prima as memórias e os documentos pessoais e familiares do pesquisador-performer, aspecto pouco abordado nos processos de criação e composição dramatúrgica no circo contemporâneo.
A criação da obra se desenvolveu entre janeiro e junho de 2022, e constitui-se em um processo de investigação que contou com a colaboração de artistas multidisciplinares reconhecidos no Brasil e no exterior. As atividades foram desenvolvidas tanto em formato presencial na cidade de João Pessoa, quanto virtual através da plataforma do zoom. O laboratório ainda contou com duas aberturas de processo, as quais foram realizadas no próprio quintal de Diocélio.
A obra estreou nos dias 10 e 12 de julho de 2022, respectivamente nas cidades paraibanas de Mamanguape e Marí.
sobre




a trupe
A Trupe Arlequin, fundada em 10 de dezembro de 2008 na cidade de João Pessoa, Paraíba, surge com o intuito de desenvolver uma pesquisa-prática em torno das interseções poéticas entre o teatro e o circo. Prestes a completar 15 anos de uma trajetória criativa contínua, a Trupe criou ao todo 9 obras. Em repertório, consta atualmente, os espetáculos Xulé À La Carte, Dupla de Dois e a sua mais nova criação, Por um Fio. Além de espetáculos a Trupe também ministra workshops e oficinas, tais como: O Corpo Cômico e as Poéticas da Dramaturgia Circense. Os Arlequins já percorreram as 5 regiões brasileiras por meio de festivais, encontros e mostras nacionais e internacionais. No exterior apresentou-se em festivais e centros culturais de países como Portugal (Lisboa e Porto) e Argentina (San Martin e Avellaneda). Durante o seu percurso artístico, a Trupe vem promovendo importantes eventos circenses e teatrais na Paraíba, a exemplo do Festival Internacional Balaio Circense, que tem o intuito de proporcionar encontros entre a comunidade artística e o público das mais diversas faixas etárias. Atuou como Ponto de Cultura no período de 2014 a 2019, no qual foi fomentado por um edital específico do Governo Federal, e ainda pelo Prêmio FUNARTE Carequinha de Estímulo ao Circo.
A magia e a poesia presentes nos trabalhos da Trupe Arlequin a torna referência enquanto articuladora da arte paraibana.

encenação, dramaturgia e performer DIOCÉLIO BARBOSA / participação especial da sua mãe MARIA DA PENHA BARBOSA
provocação cênica e dramatúrgica JANAINA LEITE
dramaturgismo e colaboração dramatúrgica MARIA CAROLINA VASCONCELOS OLIVEIRA
interlocução coreográfica ALEXANDRE AMÉRICO / pesquisa de movimento e técnica somática ANA MARQUES
preparação técnica em corda lisa FELIPE NICKNING e ALEXIS AYALA / voz e confecção de figurino MARIA DA PENHA BARBOSA
figurino e paisagem sonora DIOCÉLIO BARBOSA / colaboração técnica JONATHAN SILVA
registro fotográfico e videográfico BRUNO VINELLI / programação visual RONILDO NÓBREGA /
produção ARLEQUINO PRODUÇÕES
realização TRUPE ARLEQUIN DE CIRCO TEATRO
equipe de criação





















palestra- performance
A Escola Pública de Circo da Vila das Artes (CE) apresenta a palestra-performance "Revelando os fios de uma escrita dramatúrgica circense", com Diocélio Barbosa, da Trupe Arlequin (PB). A atividade, destinada a artistas circenses e ao público em geral, ocorre nesta quarta-feira (03/08/22), às 19h30, na Vila das Artes.
Baseado no processo de criação da obra circense, documental e autobiográfico "Por um fio", a palestra é parte do curso "Dramaturgia Circense", formação já em andamento na Vila das Artes, ministrada por Diocélio Barbosa de 01 a 05/08. A obra "Por um Fio" é a mais recente criação da Trupe Arlequin de Circo Teatro, companhia paraibana fundada por Diocélio Barbosa em 2008.
"O encontro pretende revelar como emergiu a escrita dramatúrgica de 'Por um Fio', trabalho constituído durante uma residência artística de pesquisa e criação", explica Diocélio.
"É um convite para pisar na terra, colher memórias, cavar documentos, colher frutas e se pendurar em uma ação de trançar, tramar, costurar, alinhavar, tecer, coser, remendar, unir, juntar, ligar, fiar", complementa o ator.
A Vila das Artes é um complexo cultural da Prefeitura de Fortaleza, vinculado à Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor) e gerido pelo Instituto Cultural Iracema (ICI)
Foto de divulgação: Ronildo Nóbrega

João Pessoa, Paraíba – Domingo, 10 de julho de 2022
Por ASCOM / Se Liga na Pauta
_JPG.jpg)
João Pessoa, Paraíba – Segunda-feira, 15 de agosto de 2022
Por Augusto Magalhães / Bafafá Notícias
notícias
Fortaleza, Ceará – Terça-Feira, 02 de agosto de 2022
Por ASCOM / Vila das Artes
.jpg)
João Pessoa, Paraíba – Terça-Feira, 12 de julho de 2022
Por Guilherme Cabral / Jornal O Norte

temporada de estreia
Contemplado pelo Prêmio FUNARTE de Estímulo ao Circo 2021, a Trupe Arlequin ganha a estrada para apresentar a sua mais nova obra em quintais de duas cidades paraibanas, Mari e Mamanguape. A criação cênica circense de técnicas aéreas - com caráter documentário e autobiográfico -, foi concebida a partir da poética do site-specific pelo artista e pesquisador Diocélio Barbosa que também está em cena juntamente com a sua mãe, que não é artista da cena, mas tem a arte de costurar. O processo foi desenvolvido durante uma residência artística que durou 6 meses e contou com artistas renomados.
As apresentações acontecem no domingo (10), em Mari, na comunidade do Barro/Taumatá, próximo ao ginásio de esporte da cidade, em dois horários 10h e 14h. Em Mamanguape a estreia será terça-feira (12), no Parque e Bica Sertãozinho, nos horários de 9h30 e 14h. Nos dois lugares a entrada é gratuita. A classificação é livre.
Após Diocélio Barbosa ter integrado residências artísticas em países como a França e o Chile entre os anos de 2000 e 2021, o percurso teve sua etapa final vivenciada no Brasil, por meio de uma série de atividades de pesquisa relacionada aos processos de criação e composição dramatúrgica no circo contemporâneo em diálogo com outras linguagens artísticas. O projeto intitulado Quintal dos Devaneios – residência artística de investigação circense e circulação que compõe uma das atividades desta trilogia investigativa é objeto da própria pesquisa de doutorado de Diocélio (desenvolvida na UFBA).

TEL / WTS + 55 83 98730-8183
DIFUSÃO arlequino.producoes@gmail.com
João Pessoa / Paraíba / Brasil